sábado, 24 de novembro de 2007

Noite Silenciosa

Noite Silenciosa

Noite triste, silenciosa, envolvida pelos fleshes dos sonhos de um passado. Passado tão depressa como um raio de luz colorindo o céu em uma noite chuvosa.


Fecho os olhos. E sinto no ar um vago perfume, nesta noite fria de um silêncio profundo que trás de volta o teu vulto, envolto no lusco fusco desta noite. Livre, leve, solto no ar do passado tão presente dentro de mim.

E assim! Entre sonhos, suspiros, passo a noite sentido o frio da noite em meu corpo, desejando sentir um simples toque teu para afastar a agonia que ora se faz presente.

Mas que nada! Tudo que sinto é somente um grito de amor preso na garganta, enviado pelo silêncio cortante da noite, orvalhando meu corpo com o suor inquietante do instante de agonia.

Sinto uma dor profunda, dilacerando meu corpo aflito, que por ora encontra-se sem alento, sem sonhos ou esperanças. Mas, que ainda vive na espera de um novo encontro contigo, mesmo que seja no frio da noite silenciosa.

Lucimar Alves

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